Estamos em 2024 e, sim, ainda existem mulheres que não se dão a oportunidade de se permitirem conhecer as maravilhas de uma boa siririca.
Tudo começa pelo tabu envolvido no ato de se masturbar, que acaba gerando medo, vergonha e acredite: falta de conhecimento sobre como bater uma siririca.
Quando falamos de sexualidade feminina o tabu é grande. Tudo o que envolve nosso corpo é motivo para dúvida, polêmica, preconceito, falta de conhecimento, julgamento, etc.
A partir do momento em que uma mulher fala que está batendo uma siririca, pode saber que ela será, no mínimo, olhada com cara de espanto ou “nariz torcido”.
Quanto menos falamos livremente sobre a masturbação feminina, sobre a liberdade da mulher bater uma siririca, geramos mais tabu e falta de autoconhecimento sexual, o que leva muitas mulheres a terem inclusive dificuldade de chegar ao orgasmo.
Sem contar o alto percentual de mulheres que, no auge dos seus 30 anos, nunca gozaram.
Já ouviu falar de algum homem que não sabe se masturbar? Que não sabe tocar uma punheta?
Acho difícil. Eu não só já ouvi como atendi e atendo mulheres que não sabem se masturbar. Isso mesmo!
Por mais absurdo que pareça, existem mulheres que não sabem se tocar e não sabem como sentir prazer.
Mulheres que não sabem bater a famigerada siririca.
Se levarmos em consideração que, desde criança, o homem é estimulado e tem permissão para falar sobre sexo e masturbação e a mulher não, começamos a entender.
O homem pode falar mais abertamente sobre o assunto.
Quando nasce, na família sempre tem alguém para dizer que será o “comedor” e que irá pegar todas.
Logo na adolescência, já tem seu primeiro contato com a pornografia e revistas com mulheres peladas.
Masturbação masculina, a punheta, faz parte do homem. Ou seja, bater uma punheta faz parte do vocabulário normal de todo homem.
Com a mulher é diferente… se uma mulher fala que vai bater uma siririca, o que você acha que vai acontecer com as pessoas ao redor que ouvirem isso?
Na sociedade machista em que vivemos, a menina não pode se masturbar, porque isso é “feio, sujo” e “moça não faz isso”.
Chamam nossa vulva/vagina de “florzinha” e não podemos tocar.
Falar a palavra BUCETA então… É quase que falar a maior ofensa que se pode a uma pessoa.
Pornografia nem se fala…
Nós, mulheres, não somos estimuladas, encorajadas e permitidas a conviver e discutir nossa sexualidade.
Se, então, não se fala abertamente sobre o assunto, no sentido de orientar, e sempre que o assunto surge a menina é “castrada”, como que ela vai saber o jeito que pode e gosta de se masturbar?
Como essa menina vai se tornar uma mulher sexualmente ativa e com prazer?
Como é que ela vai poder bater a siririca “numa boa” e mapear seus pontos de prazer?
Por este motivo temos mulheres com seus 30, 40 e, pasmem, até mais de 50 anos que não sabem o que é gozar!
Mulheres que acham que é só “meter”, só abrir as pernas, o cara penetra e o milagre do orgasmo acontece. (só pra ele, né?).
Pensando nisso, hoje venho trazer 5 dicas de estimulação clitoriana, de masturbação feminina, de SIRIRICA!
Sim, é isso mesmo! Vou tentar ajudar vocês, mulheres, a iniciarem a descoberta do prazer pelo seu corpo. A bater uma boa e gostosa siririca!
Saiba que o clitóris é um cara muuuuuito importante quando falamos de prazer feminino. Sem ele é quase impossível, e muito difícil, o orgasmo para grande parte das mulheres.
Ao contrário do que pensamos, ele não é só aquela pontinha da parte de fora que vemos, ele se estende ao longo da vulva e vagina.
A penetração é prazerosa, porque indiretamente o pênis, ou vibrador, o estimula, já que ele está envolto na parede vaginal.
Mas o ideal é que, mesmo com o pênis ou vibrador, você ou a pessoa com quem você esteja transando, estimule o clitóris sempre.
Isso também vale para a sua masturbação. Mulher batendo uma siririca envolve estímulo externo e interno.
A parte mais sensível é a glande, aquela parte visível em cima ali do nosso “monte de Vênus” (famoso capô de Fusca).
De início, pegue leve para não incomodar.
É o seu corpo e você tem total direito e poder sobre ele, ninguém tem nada a ver com isso, hein!?
Opte por um ambiente tranquilo e que tenha privacidade.
E vamos em busca da siririca perdida.
O ideal é que você esteja com vontade, mas caso não esteja, eu te convido a se permitir se masturbar assim mesmo, pois pode ser que no meio do caminho você seja surpreendida positivamente.
Então, de preferência, que você tenha algum gel lubrificante íntimo, óleo corporal, óleo para massagem ou gel excitante erótico, e também algum vibrador, que inclusive você pode encontrar lá na minha loja, na Apimentou.
Acredite, a siririca é empoderadora. Não tem nada mais potente do que o domínio do seu corpo e do seu prazer. Com isso, você aprende que não depende de ninguém para gozar.
Aprende que seu corpo é cheio de mecanismos de prazer e que Deus é tão massa que nos deu o clitóris com a uma única e exclusiva função, que é a de proporcionar prazer.
Ao bater sua siririca, você literalmente entra no ápice da intimidade de você com você mesma. Você sente prazer, goza, aprende o que gosta, tem autonomia e começa a entender seu corpo e sua sexualidade.
Entenda que tudo o que foi dito até aqui é para que possamos cada vez mais naturalizar e democratizar a sexualidade feminina e a siririca.
Mulheres que falam sobre bater uma siririca e sobre suas experiências se ajudam e ajudam outras mulheres.
Espero que eu tenha te convencido a vir para o lado maravilhoso da força da siriricagem.
E como eu sempre digo: se joga e goza!